A Rebelião da Realidade
Enquanto os millennials construíram suas carreiras em plataformas como o Instagram, onde cada foto era uma vitrine cuidadosamente montada, a Geração Z prefere o caos da realidade. Para eles, a perfeição é sinônimo de falsidade. É por isso que plataformas como o TikTok e o BeReal explodiram em popularidade. O TikTok com seus vídeos curtos, dinâmicos e muitas vezes sem roteiro, e o BeReal com sua proposta de “uma foto por dia, sem filtros e no momento”, são a personificação dessa busca por algo cru e genuíno.
A Geração Z não quer apenas consumir conteúdo; ela quer participar. Eles não apenas seguem, mas também remixam, criam duetos e respondem diretamente aos criadores. Esse comportamento muda a dinâmica da influência, transformando o que antes era um monólogo em um diálogo constante. Um influenciador de sucesso para a Geração Z não é um ídolo inatingível, mas sim um amigo com quem se pode interagir de forma real.
Do “Influenciador” ao “Criador”
Essa mudança na mentalidade do público tem um impacto direto no mercado. O papel do “influenciador” tradicional está evoluindo para o de “criador de conteúdo”. A Geração Z valoriza quem tem uma voz única e quem co-cria, ou seja, quem trabalha junto com seu público para construir algo. As marcas que estão prosperando são aquelas que entenderam essa lógica e abandonaram as campanhas de marketing tradicionais para se tornarem parceiras na criação.
A colaboração não é mais uma opção, mas uma exigência. As marcas precisam se envolver em conversas, apoiar causas e, acima de tudo, ter um propósito claro. A Geração Z é ativista por natureza e espera que as empresas demonstrem seus valores de forma transparente. A combinação de propósito e performance é o novo mantra. Não basta vender um produto; é preciso mostrar o porquê da sua existência e como ela se alinha com o que realmente importa para essa geração.
O Futuro É Agora
Para as marcas e profissionais de marketing, o desafio é claro: abraçar a imperfeição, dar voz ao público e se tornar parte da comunidade. O futuro da influência digital não está em quem tem mais seguidores ou na estética mais polida, mas em quem é mais verdadeiro. A Geração Z está nos ensinando que, no final das contas, o que realmente conecta as pessoas não é o que é perfeito, mas o que é real.